21 de jan. de 2008

Eu Sou a Lenda

Mais uma vez um filme não é aquilo que vende em seus trailers. Um exemplo disso? A Vila de M. Night Shayamalan foi vendido como um filme de terror/suspense mas no fim das contas não era isso tudo. E o que deu no fim de tudo? Muitos revoltados, achando o filme uma porcaria. Mas também tiveram aqueles que não se decepcionaram,e , pelo contrário, acham esse um ótimo filme (faço parte desse segundo caso).
É o que acontece em Eu Sou a Lenda. Vou tentar não soltar nenhum spoiler para quem ainda não viu o filme. Foi vendido como um filme de ação terror, mas não é um filme de ação terror. No fim das contas é um filme, como eu posso dizer... introspectivo? Pode ser. Um drama? Pode ser também. O fato é que Eu Sou a Lenda é interessante.
É incrível ver como um filme com pouquíssimos diálogos funciona tão bem ao longo de suas uma hora e quarenta e poucos minutos de duração. E o mais interessante é que foi feito pra ser um blockbuster. Com toda certeza foi um desafio da produção arriscar tanto assim, vendo que o público americano, pelo menos uma boa parte, não gosta de complicar seu raciocínio não. Porque eu digo isso? Oras! Basta olhar uma vez ou outra o tipo de filme que fica em primeiro lugar no ranking! Tem cada coisa sem pé nem cabeça!


O que você faria se acreditasse ser o ultimo ser humano da terra?






A grande maioria enlouqueceria, e isso é meio que “normal” de acontecer. Robert Neville acredita ser o ultimo homem da terra, mas ele também acredita que pode achar a cura para um vírus que acabou com a humanidade. De cara não conhecemos sua história a fundo mas conhecemos seus hábitos em uma Nova Iorque completamente vazia e impressionantemente realista! E nesse ponto o filme foi simplesmente impecável tanto na direção de arte como na computação gráfica. A única coisa de NY que a produção não conseguiu esvaziar foi a Times Square. Sem problemas, eles fizeram em CG ( computação gráfica) e ficou praticamente perfeito.
Neville é um homem quase que louco por completo. A 3 anos isolado nessa gigante cidade ele tenta levar a vida de maneira “normal” junto com a única companhia que o restou, a cadela Sam. Falar mais estraga as surpresas do filme. Quer dizer, dá pra dizer uma coisinha ainda aqui, outra ali, mas você já deve ta cansando de saber sobre o que o filme se trata e quem aparece ou não. Prefiro me concentrar no que o filme passa em si.
O filme passa até rápido, nem parece ter suas uma hora e quarenta minutos, e quando termina a sessão você fica meio confuso ainda, é aquela hora que em tudo o que você pensa é meio preliminar. Para mim foi difícil chegar a uma posição logo ao termino do filme. Claro que sai com a idéia de que foi um bom divertimento. Sou daqueles que acho que o filme podia ser melhor. Os monstros em CG infelizmente não convencem muito. Longe de serem mal feitos, mas é que o filme tava tão incrivelmente realista até eles aparecem, que quando notamos que eles não são reais(e entenda por real o fato de não serem pessoas maquiadas) o filme perde um pouco do senso de realidade.
Mas, para mim, isso não compromete tanto o resultado final do filme, porque o mais interessante foi mergulhar na solidão daquele personagem, na sua noção de fé e esperança. Ver o que move aquele homem a continuar vivo, ver que ele ficou meio louco mas também que essa loucura é o que o mantém vivo. Como em O Naufrago Neville cria mecanismos para não se sentir tão só. Claro que Sam é sua Wilson, mas ele fala com manequins, age como se esses fossem seres humanos. Olhando assim você diz que aquele homem é completamente louco, mas esse mecanismo é muito do válido para deixar a mente relativamente sã.
Suas cenas de ação são boas, seus momentos de suspense também! Vide quando teremos o primeiro relance dos monstros. È uma cena completamente angustiante! E ótima! Outra cena que é muito boa e forte eu não posso dar tantos detalhes, só posso dizer que ela meche muito com a gente.
Dirigido por Francis Lawrence (Constantine) e com uma grande atuação de Will Smith o filme é um bom divertimento, e para um blockbuster chega a ser até uma grata surpresa.

ps: estou me tornando cada vez mais fã de Francis Lawrence, com apenas dois filmes no currículo ele mostra que tem qualidade. Eu simplesmente adoro Constantine e também gostei muito de Eu Sou a Lenda. Vamos ver onde ele vai chegar. Devido ao seu passado altamente capitalista (ele era diretor de vídeo clipes, e clipes de artistas grandes) muita gente ainda desconfia dele. Vamos ver qual vai ser seu próximo projeto. Tomara que seja Constantine 2.

5 comentários:

Mari Alves disse...

pode ser considerado drama? oba!hahahaha
ah, eu não tava mto a fim de ver esse filme, não, exatamente, pelo jeito que ele foi vendido nos trailers: como um filme de terror/ suspense. Mas, agora fiquei curiosa de assistir =] foi assim tbm com 2 filhos de francisco (kkkkkkkkkkkk. otima comparação, hein?)
adorei o comentário.
"O poder eh de você.
Vai, DH Filmes."
;*

Anônimo disse...

Vi o filme ontem e, apesar de não superar minhas expectativas, gostei muito. As cenas de ação são ótimas mesmos, inclusive alguns momentos até me assustaram, mas não gostei muito de sua parte final - especialmente depois que a Alice Braga entra na trama.

Anônimo disse...

Devo ver amanhã. E aguardo um bom filme, já que todos elogiam bastante.

Ciao!

Alexsandro Vasconcelos disse...

E que venha Constantine! õ/

Wandy disse...

Muito bom! Agora, já nao se fazem zumbis como antigamente... não basta mais andar se arrastando com as mãos pra frente e resmungando. tem que organizar exercito, fazer armadilha, abrir o bocão estilo Múmia...

Ps. Muiiiito legal o novo layout!!!