29 de out. de 2007

Tá Dando Onda


Sem nem arrudeios, “Tá Dando Onda” é simplesmente magnífico nos aspectos técnicos! Acho que nunca o elemento natural água foi tão bem feito em CG do que como agora. E não venha dizer que “Procurando Nemo” tem água que só também. Tem sim, mas Procurando Nemo é passado quase todo que DENTRO do mar. Vai fazer ondas quebrando, interação direta com a superfície da água “pra tu vê o que é bom”. Acho que são quase todas as cenas do filme que têm interação direta com a superfície da água. E as que não têm passam rápido.
O desenho das paisagens também está lindo! E talvez “lindo” seja a palavra que descreva os aspectos técnicos desse filme. Inovador desde o começo, para um filme de animação 3D, o filme tem estrutura como documentário. Com direito a câmera correndo atrás de depoimento, filmando na surdina e tudo mais! E sobre o que se trata o documentário em questão? Sobre o Grande Z, o maior surfista que esse mundo já viu! Contado pelo ponto de vista do jovem Cadú Maverick, e o que nem sempre corresponde a realidade dos fatos, pois “imagens” de arquivos geralmente contradizem Cadú, vemos a história de um jovem que tem um sonho, e que um dia teve um encontro com seu ídolo, quando este visitou o Frio de Janeiro.
A coisa muda de figura quando um empresário explorador sai em busca de novos talentos para o campeonato de Surf. Cadú literalmente se joga atrás dessa chance. E a partir daí o filme se desenvolve com novos personagens divertidos, e um que rouba a cena toda vez que aparece. João Frango é aquele “cara” que leva a vida na boa, na paz. João é aquele cara que não faz nada e se dá bem.
Antes de mais nada vale ressaltar que o filme tem várias mensagens importantes a passar. Primeiro, vira completamente o conceito sobre competir. Em um mundo tão competitivo como hoje vale quase tudo para vencer, mas só que o filme passa a outra mensagem, o esforço para vencer conta, o aprendizado. O importante não é competir, é ir atrás do que se quer.
Destaco aqui que vi a versão Nacional do filme. Ótima escolha quando resolveram adaptar o filme. Desde o “Frio de Janeiro” até o “João Frango”, que na versão oficial é do meio oeste americano, e aqui é do Pantanal. As adaptações na fala também foram muito acertadas. Trabalho excelente!
Foi-se o tempo que animação 3D era filme infantil! 3D é só mais uma ferramenta para contar histórias que de outra maneira não poderiam ser contadas, ou dar até mais substância a algo. No fim do ano vem ai uma animação para adultos (Beowulf ).
Os pingüins estão pegando moral nos cinemas. Já é o terceiro filme com as aves que não voam. Já dá até pra fazer piada entre os filmes. Mano que o diga.

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